11 anos

Já é com uma certa pena, que vejo os 10 anos se findando...a criança, agora já uma pré-adolescente.

Há uns anos , eu a consolava, pois não queria fazer 8 anos....gostava dos 7...pensei comigo, como são as crianças...que bobeira. Hoje estou eu aqui, saudoso de uma época que sei que esta por se acabar. Não pelos “parabéns”, isso é apenas um marco....mas na verdade, venho percebendo essas mudanças...seja no corpo que começa a se preparar para a puberdade, seja no jeito  mais adulto – se bem que ainda há uma briga interna para se manter criança indefinidamente, coisas de filha caçula.

Não, isso não é um sentimento de tristeza...pelo contrário, criamos os filhos para o mundo, para a independência....mas vê-los, pouco a pouco, “saindo de nós”, como o bebê sai da mãe na hora do parto, é uma coisa que mexe conosco.

Nos faz pensar como estamos fazendo uso do nosso tempo aqui nesse plano....sim, porque ele está correndo, inexoravelmente.

Contra isso, não podemos fazer nada. 

Alias, a única coisa que podemos fazer é que valha a pena.

Filhos nos dão essa dimensão da passagem do tempo.

Eu que fui pai um pouco mais tarde, pude “atrasar” um pouco o meu  sistema de percepção da passagem do tempo...mas de toda a forma, ele está ai.

Filhos também nos dão essa sensação de completude. 

Apesar de tantas coisas que quero fazer nesta vida, olhar para elas  (tenho duas) me dá o sentimento de missão cumprida, de plenitude, de realização!

11 anos. Ainda vou me acostumar. 

Mas tem que ser rápido, porque daqui à 12  meses, o ponteirinho roda outra vez!!!!!!