Se a dor é meu legado
Apesar de todo amor
Se meus passos não me aproximam
Se meu abraço não aquece
De que serve um pulsar solitário
Se tudo o que quer já perdeu
Ou nunca teve
O silêncio solitário das palavras
Aprisiona o querer dentro do peito
Vou rasgar os meus escritos
Riscar os meus rascunhos
E deixar ir
Quem um dia achei “pra sempre”
Mas para quem na verdade
Fui apenas
O futuro e o passado
Mas nunca o presente
E como presente
Deste meu legado
Deixar ir
Com seu querer solitário.
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